quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Exemplo de texto publicitário


EXEMPLO DE TEXTO PUBLICITÁRIO

( temática proposta: escrever para o público jovem –acadêmico- a fim de alertá-lo sobre a influência do Quarto Poder na vida dos cidadãos )

            Por meio da difundida  tela mágica, verdadeira janela aberta para o mundo, e de outros variados meios de divulgação, temos acesso a informações e dados tão preciosos, que fariam inveja a qualquer sábio da Grécia antiga. Pelo monitor, principalmente,  o nosso olhar alcança desde o profundo dos oceanos até o interior da célula que viaja pela nossa corrente sangüínea. Torna-se impossível não se deixar envolver com o deslumbramento e curiosidade que nos são oferecidos, não é mesmo, caro leitor?
            Porém  devemos ficar atentos, pois a posse de um estoque tão variado de informações é, inegavelmente, uma condição necessária para a construção do saber, mas não suficiente. A quantidade e a variedade de conhecimentos pode criar em nós uma ilusão de onisciência (de tudo saber). O verdadeiro saber (a sabedoria) na realidade pressupõe algo mais do que o mero estoque de conhecimentos superpostos. Você há de concordar comigo que não podemos ser meros  repetidores do que vemos e ouvimos.
            Lembre-se de que o verdadeiro sábio é aquele que se mostra capaz de organizar as informações e dados dentro de um sistema, de encaixá-los numa estrutura onde eles se correlacionam e adquirem sentido, de hierarquizá-los, de distinguir os que se implicam dos que se excluem. É preciso filtrá-los para  inseri-los na rotina da vida individual e coletiva. A estratégia da TV ,  e da mídia em geral, de se mostrar inquestionável é extremamente eficaz – para ela-  resulta numa falsa opinião pública, que ,na verdade, acaba expressando um desejo, não mais da sociedade, mas sim do poder concentrado da mídia.
            Ora,  a massa perdeu o hábito de pensar e principalmente o de se auto-avaliar. A ignorância e a miséria de conteúdos  são negociadas pela mídia. Basta olhar para os programas de maior sucesso da TV. Trata-se aqui  da intenção  da mídia que cuida para que sociedade continue assim: ignorante e burra. Sufocado e tolhido pelo materialismo exacerbado e pelo brilho das aparências, o intelecto coletivo apodrece. Sendo assim, caro leitor, a condição indispensável para tirar proveito da consulta a todo e qualquer comunicado que nos chega pelos modernos meios sem que nos deixemos violentar é desenvolver a criticidade diante de qualquer assunto que nos seja apresentado. Não se curve rapidamente às informações,  leia matérias confrontantes,  ouça opiniões as mais variadas e depois, trace você mesmo a sua visão sobre a problemática discutida.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

PROPOSTA CONTO


Tinham os mesmos nomes. Cresceram juntos, à sombra do mesmo amor materno. Ele era órfão, e a mãe dela, que o amava como se ele fora seu  filho tomou-o para si, e reuniu os dois debaixo do mesmo olhar e dentro do mesmo coração. Eram quase irmãos, e sêlo-iam sempre completamente, se a diferença dos sexos não viesse, um dia, dizer-lhes que um laço mais íntimo podia uní-los.
Um dia .....

Proposta: A partir do trecho dado, de autoria de Machado de Assis, dê sequência à história
de modo a criar um conto. Sua narrativa deverá ser em terceira pessoa.

GÊNEROS INESPERADOS

GÊNEROS INESPERADOS: 

O texto a seguir é a receita de uma sobremesa conhecida como Delícia Paulista Gelada. Imagine que você esteja preparando um  livro de receitas da sua infância, em que cada receita virá acompanhada de um  relato memorialista. Escreva um relato sobre as memórias despertadas pela Delícia Paulista Gelada, em que constem:
• lembranças das ocasiões em que a sobremesa era preparada e servida; e
• lembranças associadas aos sabores que compõem a sobremesa. Lembre-se de que você não deverá recorrer à mera colagem de trechos do texto lido.




Delícia Paulista Gelada
Ingredientes
• 1 lata de leite condensado
• 1 xícara (chá) de castanhas picadinhas
• 1 lata de creme de leite
• 3 ovos
• 1/2 litro de leite de vaca
• 3 colheres (sopa) bem cheias de achocolatado
• 1 cálice grande de licor de cacau
• 300 g de biscoitos champanhe
• 1 colher (sopa) bem cheia de amido
• 6 colheres (sopa) cheias de açúcar

Modo de Preparo
1 a  Etapa:
Misture 250 g de leite de vaca com o
achocolatado e leve ao fogo brando.
2. Deixe ferver até engrossar um pouco,
retire do fogo e, depois de frio, junte o licor de
cacau e misture bem.

2a  Etapa:
3. Misture o leite condensado com as gemas, ao amido e 250 ml de leite de vaca.
4. Passe pela peneira e leve ao fogo brando.
5. Mexa sempre até que fi  que cremoso.
6. Junte as castanhas, torne a misturar bem, retire do fogo e deixe esfriar.

3a  Etapa:
7. Bata as claras em neve e, sempre batendo, junte aos poucos o açúcar.
8. Bata até o ponto de suspiro bem consistente e, sem parar  de bater, junte o creme de leite gelado e sem o soro.
4a  Etapa:
9. Tome um prato refratário de tamanho regular e deite nele o creme de castanhas.
10. Coloque uma camada de biscoitos passados na calda de achocolatado sobre o creme e cubra inteiramente com o suspiro de creme de leite.
11. Leve ao congelador.
12. Sirva no dia seguinte.
13. Conserve sempre no congelador, caso deseje a sobremesa  em ponto de sorvete.



Leia a seguir trecho de um ensaio do fi  lósofo Gilles Lipovetsky.  Imagine que uma idosa de 80 anos, muito rica, acaba de ler esse trecho e se consterna com a frouxidão da relação das pessoas com seus bens. Imagine-se no lugar dessa idosa e escreva um testamento informal para os netos dela, no qual constem:
• a exigência de preservação de um item considerado inútil pelos jovens de hoje como condição para o recebimento da herança; e
• uma justificativa plausível para a preservação desse item.

Lamenta-se frequentemente, o materialismo de nossas sociedades. Por que não se ressalta que, ao mesmo tempo, a moda consumada contribui para desprender o homem de seus
objetos? No império do valor de uso, não nos ligamos mais às coisas, muda-se facilmente de casa, de carro, de mobiliário; a era que sacraliza socialmente as mercadorias é aquela na qual nos separamos sem dor de nossos objetos. Já não gostamos das coisas por elas mesmas ou pelo estatuto social que conferem, mas pelos serviços que prestam, pelo prazer que tiramos delas, por uma funcionalidade perfeitamente permutável. Nesse sentido, a moda desrealiza as coisas, dessubstancializa-as através do culto homogêneo da utilidade e da novidade. O que possuímos, nós o mudaremos: quanto mais os objetos se tornam nossas próteses, mais somos indiferentes a eles; nossa relação com as coisas depende agora de um amor abstrato, paradoxalmente desencarnado. Como continuar a falar de alienação num tempo em que, longe de serem desapossados pelos objetos, são os
indivíduos que se desapossam deles? Quanto mais o consumo se desenvolve, mais os objetos se tornam meios desencantados, instrumentos, nada mais que instrumentos: assim caminha a democratização do mundo material. (Gilles Lipovetsky, O império do efêmero.
São Paulo: Companhia de Bolso, p. 203-204.)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PROPOSTA APROFUNDAMENTO


APROFUNDAMENTO: 05/05/2011 - PROPOSTA DE REDAÇÃO: TEXTO PUBLICITÁRIO

Você foi contratado(a) por uma ONG (Organização Não Governamental), que atua no combate à fome no Brasil e/ou no mundo, para escrever o texto de uma campanha publicitária. O objetivo maior dessa campanha é convencer a sociedade e os governos a desperdiçar menos e a doar mais (alimentos, recursos) à população de baixa renda.
Ao desenvolver o tema, não se esqueça de apresentar argumentos (dados, fatos) para fundamentar seu ponto de vista e de articulá-los por meio dos conectores adequados, de modo a construir um texto consistente, coeso e coerente. Lembre-se, também, de que a situação de produção requer o uso da norma culta da língua portuguesa escrita e de que o gênero solicitado (texto publicitário) apresenta determinadas características que devem ser respeitadas. Observe, finalmente, que se trata de elaborar o texto verbal, o que exclui qualquer forma de linguagem não-verbal (desenhos, símbolos etc).
Organize o seu texto para que ele apresente, no mínimo, 20 (vinte) e, no máximo, 30 (trinta) linhas completas, considerando-se letra de tamanho regular.

PAINEL DE LEITURA

Leia os textos que seguem, com atenção. Eles trazem subsídios (dados, informações) importantes para sua redação. Naturalmente, você também poderá recorrer ao seu “conhecimento de mundo” para abordar o tema proposto.

Texto 1

VOCÊ DESPERDIÇA COMIDA?
O Brasil é o país do desperdício. Por ano, são desperdiçados cerca de R$ 12 bilhões em alimentos. É muito dinheiro. Parte desse prejuízo é causado por deficiências na colheita, no transporte e na distribuição da safra. Mas outra grande parte é causada pelo mau aproveitamento dos alimentos que chegam à cozinha.
Fonte: Almanaque Fantástico, nov. 2005.

Texto 2

A fome aflige milhões no mundo
Em pleno século XXI, a fome ainda é um flagelo para 13% da humanidade. No mundo, mais de 800 milhões de pessoas não consomem diariamente alimentos com a quantidade mínima de energia recomendada para manter o organismo e desempenhar atividades cotidianas. Mais de 95% dessa população mora nos países pobres e em desenvolvimento, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). A subnutrição mata 25 mil pessoas por dia no planeta. Esse drama, no entanto, não é causado pela falta de alimentos. A produção mundial de alimentos é suficiente para abastecer toda a população do globo. Desde o início do século XX, a produção agropecuária triplicou. Hoje ela permitiria o consumo médio diário por pessoa de quase dois quilos de alimentos, ou 3,5 mil calorias, quantidade maior que as 2,5 mil calorias ao dia recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fonte: Atualidades Vestibular 2005.

Texto 3

“Vamos criar condições para que todas as pessoas no nosso país possam comer decentemente três vezes ao dia, todos os dias, sem precisar de doações de ninguém. O Brasil não pode mais continuar convivendo com tanta desigualdade. Precisamos vencer a fome, a miséria, a exclusão social. Nossa guerra não é para matar ninguém, é para salvar vidas.”
Trecho do discurso oficial de Luís Inácio Lula da Silva como presidente eleito (28/10/02).


quarta-feira, 6 de abril de 2011

PROPOSTA DESAFIO DA SEMANA - 07/04/2011


Moçada, mais uma proposta para quebrar a cuca.
Abraços
Soninha

Entre os papéis da minha família, foi encontrada esta carta, que traz no final o nome  Anita de G., uma tia-avó, já falecida.

Laguna, 23 de fevereiro de 1948
Meu bom marido
Saudações.
Recebi a sua cartinha a qual me pareceu bastante lacônica, e na qual me diz que chegou sem novidade, que o Rio está uma formosura, etc. etc. Avalio o quanto não se terá por aí divertido, esquecido de
nós que continuamos aqui nesta triste solidão. Rogo que termine o mais breve possível o que tem que fazer
e volte. As saudades são muitas. Não se esqueça de trazer alguma coisa bonita e de novidade,
principalmente os últimos figurinos porque os que aqui há estão fora de moda.
Retribuindo-lhe o seu abraço e desejando-lhe saúde, sou sempre a sua boa e querida mulher
Anita de G.


Os jovens da família, ao ler a carta, entenderam-na literalmente. Já os mais velhos, contemporâneos de tia Anita e da carta, sabem que esta é cópia de um modelo disponível em um livro muito difundido na época: O Secretário Moderno ou Guia indispensável para cada um se dirigir na vida sem auxílio de outrem, de J. Queiroz (Ed. do Povo Ltda., Rio de Janeiro, 1948). Sabem também que a leitura da carta não pode ser literal, mas tem que ser feita à luz de uma série de acontecimentos.

Invente uma história narrando os acontecimentos que tornam inadequada a leitura literal da carta

TEMA DA AULA 06/04/2011 MEU GURI


O Meu Guri

Composição : Chico Buarque

Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega suado
E veloz do batente
Traz sempre um presente
Prá me encabular
Tanta corrente de ouro
Seu moço!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega no morro
Com carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Tá um horror
Eu consolo ele
Ele me consola
Boto ele no colo
Prá ele me ninar
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente
Seu moço!
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo eu não disse
Seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!


PROPOSTA: Elementos da narrativa.

Desenvolva o enredo da música “ Meu guri”, de modo que este constitua uma narrativa.

O desfecho deverá seguir a ideia original

O narrador será em primeira pessoa “a mãe do menino”.